Cirurgia

Sumário

Contorno Corporal

Abdominoplastia

O abdome é uma região que acumula gordura muito facilmente. Na mulher, as gestações provocam uma distensão dos tecidos e separação dos músculos abdominais, chamada diástase abdominal, aumentando ainda a percepção deste acúmulo.

A parede abdominal é constituída basicamente por três elementos: a pele, o tecido subcutâneo com o tecido gorduroso e os músculos abdominais. Alterações em qualquer um destes elementos isoladamente ou em associação determina o grau de deformidade do abdome, necessitando, portanto, de um tratamento específico para cada caso.

Abdominoplastia é o método indicado para mulheres que já gestaram uma ou mais vezes, e homens e mulheres que apresentaram emagrecimento maciço seja por controle nutricional ou após a cirurgia bariátrica (redução do estômago). Faz-se a ressecção do excesso de pele e gordura e também o reposicionamento da musculatura abdominal para correção da diástase abdominal e melhor definição da cintura.

Na cirurgia plástica de abdome é retirada a pele em conjunto com a gordura excedente da parte inferior do abdome, com o tamanho da cicatriz variando de acordo com a quantidade de pele excedente nas laterais. Esta cicatriz descreve um semicírculo de concavidade superior, de modo a ser possível a colocação de um traje de banho.

A musculatura na região central do abdome é aproximada em toda sua extensão no sentido vertical, que se traduz na melhora do contorno da cintura e do tônus abdominal perdidos por ganho excessivo de peso, gravidez, etc. Paralelamente, traciona-se a pele desta região para a parte central do abdome, podendo-se finalizar com lipoaspiração na lateral do abdome como “acabamento” da cirurgia, dando um resultado, no mais das vezes, extremamente gratificante.

Ficha resumida

Idade recomendada: quando já se decidiu não ter filhos. É possível engravidar depois, mas com perda parcial do resultado.

Anestesia: raquidiana, peridural ou geral.

Duração da cirurgia: entre 4 e 6 horas.

Permanência no hospital: 1 dia.

Cicatriz: acima dos pelos pubianos e dentro do umbigo.

Pré-operatório: Exames de laboratórios (sangue e urina) + Exames radiológicos (Raio X de tórax e coluna, Ultrassom de abdome e parede abdominal) + Avaliação cardiológica se necessário + Eletrocardiograma + Ecocardiograma + Teste de detecção de bactéria multirresistente + Teste de COVID + Arquivo fotográfico.

Pós-operatório: cinta elástica por 3 meses + faixa de compressão abdominal por 1 a 3 meses + meia elástica por 1 mês + drenagem linfática com tapping.

Tempo de recuperação:
 30 dias para dirigir veículos leves e atividades profissionais com esforços leves + 90 dias para atividades físicas intensas e exposição ao sol.

Como é feita?

Considerações Técnicas:

O objetivo destas observações sobre a cirurgia plástica abdominal é apresentar de maneira clara e simplificada detalhes que seguramente estão lhe interessando no momento.

Passos da Cirurgia:

01. É realizada uma incisão horizontal na linha de implantação dos pelos púbicos, com prolongamentos para a lateral, cuja extensão vai depender da quantidade de excesso de pele existente.

02. Quando se evidencia a diástase (afastamento) dos músculos retos abdominais, principalmente acima do umbigo, realiza-se o descolamento da pele do abdome, com reaproximação dos músculos através de pontos internos.

03. Realiza-se a tração da pele e a retirada do seu excesso.

04. Na sequência, é realizada a fixação do umbigo na musculatura e na pele do abdome.

05. Segue-se com o fechamento da cicatriz e drenagem do local operado.

Cuidados Pré-operatórios

Com o intuito de esclarecer algumas dúvidas, queremos passar orientações que julgamos importantes para os pacientes no período pré-operatório da abdominoplastia.

Período prévio à cirurgia

  • Discuta detalhadamente com o cirurgião as possibilidades reais de resultado.
  • Esclareça o tipo de incisão que vai ser utilizada e a anestesia.
  • Pergunte que tipo de modelador cirúrgico que você vai usar.
  • Sempre que houver algum impedimento para a realização da cirurgia já marcada avise imediatamente ao cirurgião.
  • Programe suas atividades sociais, domésticas ou escolares, de modo a não se tornar indispensável a terceiros, por um período de aproximadamente 2 a 3 semanas.
  • Evite tomar aspirina ou qualquer remédio contendo ácido acetil salicílico (AAS, Aspirina, Melhoral, Somalgin, Alka-Seltzer, Cafiaspirina, Cibalena, Coristina, Doril, Engov, Migrane, Sinutab, Sonrisal, Superhist, Vasclin), vitamina E ou qualquer tipo de complexo vitamínico, medicação homeopática ou floral, pelo menos nas duas semanas que antecedem à cirurgia, pois poderão interferir no processo de coagulação e causar sangramentos. Isto inclui Arnica, Arruda, Babosa (Aloe Vera), Gingko-Biloba, Ginseng, Guaco, Alho, Gengibre, Buchinha, Erva de Bicho, Bromelaína, Kava Kava, Omega 3, Valeriana, Erva de São Jorge, Erva de São João, Mirra, Tinguaciba, Hiperico, Hipericão, Ibitipoca, Dong Quai, Ásaro, Angelica, Púrpura, Ephedra, Ma Huang, Matricária, Sulfato de Glucosamina (para artrite e osteoporose), Hidrates, Alcaçuz, Glicírriza, Saw Palmetto, Serenoa, Sabal, etc.
  • A cirurgia também não poderá ser realizada caso o paciente esteja utilizando qualquer tipo de anticoagulante.
  • Evite todo e qualquer medicamento para emagrecer, que eventualmente esteja fazendo uso, por um período de 15 dias antes do ato cirúrgico.
  • Evite tomar ou usar substâncias tóxicas ou drogas nas duas semanas antecedentes a cirurgia.
  • Não fume e não utilize anticoncepcionais nos 30 dias que antecedem a cirurgia e nas duas semanas de pós-operatório, pois poderá haver retardo da cicatrização.
  • Providencie acompanhante para contato e para a alta do hospital (nome e telefone) e para acompanhá-la (o) em casa no pós-operatório.
  • Comunique ao médico se tiver episódio de erupção cutânea ou herpes.
  • Não se exceda em exercícios físicos, alimentos e não tome bebidas alcoólicas no dia anterior à cirurgia.
  • No caso das mulheres, a menstruação não é impedimento à sua cirurgia, mas de preferência programe-a para fora do período menstrual.
  • Também no caso das mulheres, comunique ao médico qualquer atraso menstrual ou possibilidade de estar grávida.
  • Recomendamos usar roupas de algodão de fácil retirada (roupa com botões) no dia da cirurgia.
  • Comunique qualquer sinal de resfriado, conjuntivite, herpes ou qualquer infecção que surgirem na semana anterior à cirurgia. Nestes casos, o procedimento cirúrgico deverá ser transferido até a resolução do processo infeccioso.
  • Providencie gazes, Micropore médio, Methiolate, cotonetes, Rifocina Spray, soro fisiológico e luvas de procedimento para os curativos no pós-operatório.
  • Providencie também profissional para realizar drenagem linfática no pós-operatório.

Na Noite Véspera da Cirurgia

  • Tome banho geral usando sabonete antisséptico (Sabofen, Soapex, Dermacy, etc). Lave com especial atenção a região pubiana.
  • Depile os pelos pubianos com cuidado, evitando ferimentos ou arranhões.
  • Alimentação leve até meia-noite.
  • Evite bebidas alcoólicas ou refeições muito fartas na véspera da cirurgia.
  • Observe jejum total de 8 horas antes da cirurgia, inclusive água, cafezinho, balas e refrigerantes.

No Dia da Cirurgia

  • Tome banho geral usando sabonete antisséptico (Sabofen, Soapex, Dermacyd, etc), com atenção especial para a região pubiana.
  • Chegue ao hospital no horário marcado.
  • Não esqueça de levar para o hospital os seus exames pré-operatórios, o modelador (cinta elástica, malha, espuma, etc) e a meia elástica recomendado pelo cirurgião, além das avaliações cardiológicas, anestesiológicas, ginecológicas e outras que porventura foram pedidas.
  • Tome somente a medicação prescrita.
  • Não use cremes ou maquiagem e deixe as unhas sem esmalte ou base.
  • Venha com roupas confortáveis e folgadas, que não precisem ser colocadas pela cabeça, pois serão usadas por ocasião da alta.
  • Traga uma pequena bolsa com objetos de uso pessoal.
  • Não traga jóias ou objetos de valor.
  • Ao chegar ao Hospital, comunique na recepção o nome e o telefone do familiar ou acompanhante que virá buscá-la(o).

Cuidados Pós-operatórios

Com o intuito de esclarecer algumas dúvidas, queremos passar orientações que julgamos importantes para os pacientes no período pós-operatório da abdominoplastia.

  • Obedecer à prescrição médica.
  • Voltar ao consultório para os curativos subsequentes, nos dias e horários estipulados.
  • Mantenha repouso relativo nos 14 primeiros dias.
  • Evite esforços por 14 dias
  • Não se exponha ao sol ou friagem, por um período mínimo de duas semanas.
  • Inicie a drenagem linfática (entre 10 a 20 sessões) assim que orientado pelo médico
  • Levante-se tantas vezes quanto lhe for recomendado por ocasião da alta hospitalar, obedecendo aos períodos de permanência sentada, assim como evite ao máximo subir escadas.
  • Não tire o modelador (cinta elástica) ou molhe o curativo neste período.
  • Mantenha o uso de meia elástica por 90 dias após a cirurgia
  • Andar curvada, com ligeira flexão do tronco, e manter passos curtos, por um período de 14 a 21 dias.
  • Deitar-se com o tronco levantado e as pernas dobradas, colocando almofadas ou travesseiros atrás das costas e abaixo dos joelhos, fazendo com que diminua a tensão na área operada.
  • Siga rigorosamente a prescrição médica.
  • Não utilize outros analgésicos além dos recomendados.
  • Salvo em casos especiais, alimentação livre a partir do 3º dia, principalmente à base de proteínas (carnes, leite, ovos) e vitaminas (frutas).
  • Volte ao consultório para curativos subsequentes e controle pós-operatório nos dias e horários estipulados.
  • Após a retirada dos pontos, permaneça com o curativo de micropore por mais duas semanas.
  • Em caso de pacientes com sobrepeso, poderá ocorrer a eliminação de certa quantidade de líquido amarelado ou sanguinolento, por um ou mais pontos da cicatriz. Não se preocupe, porque se isto lhe ocorrer não significa necessariamente uma complicação.
  • Uma vez retirado o curativo, massageie as cicatrizes com o creme ou gel receitado pelo médico durante 3 meses.
  • Não se preocupar com as formas intermediárias nas diversas fases de evolução do pós-operatório. O resultado final será verificado cerca de 12 meses após a cirurgia. Tire com seu cirurgião suas eventuais dúvidas.
  • Não dirija antes de 4 semanas.
  • Provavelmente você estará se sentindo tão bem a ponto de esquecer-se que fez cirurgia recentemente. Cuidado! Esta euforia pode levar a esforços prematuros que poderá determinar certos transtornos.
  • A exposição ao sol pode ser feita após 90 dias gradativamente, utilizando-se protetor solar.
  • Os exercícios físicos moderados e atividade sexual podem ser iniciados após 30 a 45 dias, sem grandes esforços.
  • Natação, vôlei e musculação após 90 dias.
  • Aguarde para fazer sua dieta ou regime de emagrecimento após a liberação médica.

Dúvidas frequentes

A principal motivação que faz uma (um) paciente procurar por uma cirurgia plástica de abdome é o incômodo produzido por aquela “barriguinha” indesejável, quando se decide colocar uma determinada roupa ou ao expor o abdome para outras pessoas.

A cirurgia plástica do abdome não tem como objetivo o emagrecimento. Nesta cirurgia, são retirados os excessos de pele e gordura que causam flacidez na barriga. Evidentemente, quando se retira determinada quantidade de pele e gordura, haverá uma redução no peso corporal, que varia de acordo com o volume do abdome de cada paciente. Entretanto, não são os “quilos” retirados que farão com que o abdome fique bonito, mas sim as proporções que o abdome mantenha com o restante do corpo. Por incrível que pareça, as cirurgias com os melhores resultados são as são necessárias as menores retiradas de pele e gordura.

Pode parecer contraditório, mas quem está muito acima do peso não pode ser submetido a uma cirurgia plástica para tornar o abdome mais bonito. Para que possa ser submetida ao procedimento, a pessoa deverá estar não muito acima do peso ideal. Isto acontece porque a cirurgia, em indivíduos obesos, está associada à ocorrência de uma série de complicações, o que torna o risco da cirurgia inaceitável em uma cirurgia com o objetivo estético. Portanto, no máximo, a pessoa poderá estar com um leve sobrepeso, para que possa fazer a cirurgia.

A cicatriz irá localizar-se horizontalmente logo acima dos pelos pubianos, prolongando-se lateralmente em maior ou menor extensão, dependendo do volume do abdome a ser corrigido. O desenho da cicatriz visa disfarçá-la sob as roupas de banho ou roupas íntimas.

O processo de cicatrização demora até 2 anos para se completar. Num período inicial, que vai até 30 dias após a cirurgia, a cicatriz permanece com aspecto avermelhado e inchado, sendo que em alguns casos apresenta discreta reação aos pontos ou ao curativo.

Ao final de 1 mês, e até que se complete o período de 1 ano após a cirurgia, observa-se um espessamento natural da cicatriz, assim como alterações em sua cor, passando do vermelho para o marrom, que vai, a partir daí, clareando. É nesta fase que se nota uma maior preocupação dos pacientes com a sua cicatriz. Já que não conseguiremos acelerar o processo natural de cicatrização, aconselha-se, neste período, que os pacientes não se preocupem, pois a cicatriz normalmente melhora de aspecto até 2 anos após a cirurgia.

Temos que entre 1 a 2 anos após a cirurgia ocorre uma melhora no aspecto da cicatriz, que se torna mais clara e menos dura, atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado final da cirurgia deverá ser feita após este período. Raros casos ultrapassam este período para atingir o amadurecimento definitivo da cicatriz.

Vários recursos clínicos e cirúrgicos nos permitem melhorar tais cicatrizes inestéticas, na época adequada. Não se deve confundir, entretanto, com a evolução natural do período mediato da cicatrização. Qualquer dúvida a respeito da sua evolução cicatricial deverá ser esclarecida durante seus retornos pós-operatórios, quando teremos a oportunidade de fazer a avaliação do estado em que se encontra a cicatriz. Ocasionalmente poderá ocorrer acúmulo de líquidos na área operada que podem necessitar punção ou até drenagem, em função da liquefação da gordura ou coleção sero-sanguinolenta.

As estrias que estirem localizadas na área de pele que será retirada serão eliminadas. Porém, as estrias restantes vão continuar no abdome, provavelmente em uma posição mais inferior devido a tração da pele.

Alguns pacientes podem ter uma tendência à cicatrização inestética (cicatriz hipertrófica e quelóide). Esta tendência é maior conforme algumas características familiares e raciais. Assim, pessoas de pele clara tendem a desenvolver menos este tipo de cicatriz.

Existem várias formas de se tratar estas cicatrizes, desde que iniciadas na época adequada.

Não se pode confundir, entretanto, o período em que naturalmente a cicatriz se encontrar mais dura e espessada como sendo uma complicação cicatricial.

O tamanho de cicatriz será variável de acordo com a quantidade de pele excedente nas laterais da parte inferior do abdome.

Pessoas de pele morena podem apresentar uma cicatrização um pouco mais intensa, podendo vir a apresentar cicatrizes mais endurecidas ou elevadas.

Ocorre que durante os primeiros meses após a cirurgia, há uma série de ocorrências que preocupam os pacientes, tais como: uma certa diminuição da sensibilidade na área operada, períodos de inchaço e uma aparência de pele esticada. Todos estes eventos vão regredindo com o decorrer dos meses.

Existe uma série de exercícios e terapias (por exemplo: drenagem linfática) que, gradativamente, auxiliam na regressão deste inchaço.

Não podemos considerar como definitivo o resultado da cirurgia antes que se completem 2 anos de cirurgia.

Ocorre que o seu próprio umbigo será reimplantado e remodelado. Portanto, ao redor do umbigo existirá uma cicatriz que sofrerá a mesma evolução da cicatriz da parte inferior da barriga.

Vai depende do seu tipo corporal. Se o seu tronco for curto, o excesso de gordura sobre a região do estômago dificilmente será corrigido. Porém se o seu tronco for longo, o resultado será mais agradável. Outro fator que influencia no resultado é a espessura da gordura nesta região. Quanto maior a espessura, menos o resultado vai ser favorável. Ao optar por fazer uma lipoaspiração na região, é possível retirar um pouco mais de gordura, mas esta região quase sempre permanece com uma quantidade de gordura a mais do que as outras do abdome. Isto ocorre devido a limitação da quantidade de gordura que pode ser retirada desta região, para que não ocorra um risco maior de necroses.

Com relação à gravidez após a cirurgia, normalmente não ocorre nenhum problema com relação ao desenvolvimento do bebê, mas quanto ao resultado da cirurgia plástica, este geralmente é alterado. O ideal é que se consulte um ginecologista antes que se decida por uma nova gravidez. O resultado poderá ser preservado desde que na nova gestação seu peso seja controlado. Recomendamos, todavia, que a paciente tenha todos os filhos programados antes de se submeter a esta cirurgia, caso não queira apresentar esta alteração.

A cirurgia plástica do abdome não costuma evoluir com muita dor. Caso ocorra, é considerada normal desde que controlável com analgésicos comuns. Em alguns casos é necessário o uso de analgésicos opioides.

Geralmente após a cirurgia ocorre uma diminuição da sensibilidade na região próxima à cicatriz, que vai se recuperando ao longo das semanas de pós-operatório.

Normalmente esta cirurgia não está associada à ocorrência de complicações sérias, desde que respeitados certos critérios de risco. Mas como todo ato médico, apresenta um risco variável e a cirurgia plástica como parte da medicina não é exceção. Pode-se diminuir este risco preparando-se adequadamente cada paciente, mas não é possível eliminá-lo completamente. Por isso, todo o rigor no uso de medidas preventivas, tais como um check-up pré-operatório, uso de meias elásticas no pós-operatório, dentre outras.

Anestesia geral, raquidiana ou peridural, dependendo do caso.

Geralmente entre 4 a 6 horas, podendo até ser maior em alguns casos. Aparentemente este tempo é maior para quem aguarda do lado de fora do centro cirúrgico. Isto ocorre porque o tempo de cirurgia não corresponde ao tempo de permanência do paciente no Centro Cirúrgico, pois, esta permanência envolve também o período de preparação para a anestesia e de recuperação pós-operatória.

Normalmente 1 dia (evolução normal).

São utilizados curativos especiais, trocados periodicamente pela equipe do cirurgião. O uso de drenos é obrigatório, devido à grande quantidade de líquidos liberados pela área operada.

A partir do 7º dia poderemos iniciar a retirada dos pontos. Esta retirada deverá ser feita gradualmente até o final de 4 semanas.

Deve-se esperar um período médio de 3 meses para se expor ao sol, para que se evite alguns efeitos indesejados desta exposição, tais como coloração escura e endurecimento da cicatriz.

O que limita a capacidade de trabalho após uma plástica abdominal é a impossibilidade de fazer grandes esforços com a barriga. Em qualquer atividade que o paciente for fazer, incluindo o seu trabalho, deve-se evitar forçar a barriga e as pernas, inclusive. Não é bom também ficar totalmente imóvel em cima de uma cama. Caminhadas dentro da casa estão liberadas, o que ajuda a circular sangue pelas pernas. Após 15 dias de pós-operatório, pode-se fazer uma caminhada pelo quarteirão, sem, no entanto, forçar muito. Após 4 semanas, pode-se iniciar esforços um pouco maiores, tais como dirigir. Maiores esforços somente estão liberados após 60 a 90 dias.

Sim. O maiô ou biquíni poderá ser usado por sobre a cinta pós-operatória após 30 dias de cirurgia, e sem a cinta após 90 dias.

Normalmente o banho completo, desde que assistido por outra pessoa capacitada, poderá ser tomado a partir do 2o ou 3o dia.

Muitas são as fases que o corpo passa até que a cirurgia atinja seu objetivo. Até que se consiga o resultado pretendido, ocorrerão diversas mudanças na cicatriz, na forma do abdome, no inchaço, na sensibilidade, etc. Portanto, é normal que ocorrerá alguma preocupação no sentido de desejar atingir o resultado final antes do tempo previsto.

Toda preocupação de sua parte deverá nos ser transmitida, para que possamos tranquilizá-la, com os esclarecimentos necessários.

Alguns pacientes apresentam um curto período de depressão emocional nesta etapa, em decorrência destas alterações passageiras. Isto advém do desejo de se atingir o resultado final o quanto antes.

Lembre-se que nenhum resultado de cirurgia do abdome deverá ser considerado como definitivo antes dos 2 anos.

Em caso de pacientes com certo sobrepeso, poderá ocorrer, após alguns dias, a eliminação de razoável quantidade de líquido amarelado por um ou mais pontos da cicatriz. Este fenômeno nada mais é do que a gordura residual próxima à área da cicatriz se liquefazendo. Esta situação geralmente não se constitui uma complicação e existem recursos para evitar que esse vazamento venha a lhe ocorrer em situações inoportunas.

Nos casos em que a cicatriz se localiza na parte do abdome que fica abaixo do umbigo, normalmente é possível retirar a área de cicatriz junto com a pele retirada na cirurgia, substituindo-a pela cicatriz da plástica da barriga.

É bem comum a associação da plástica da barriga com a cirurgia da mama, lipoaspiração, cirurgias ginecológicas e outras. Estas associações devem respeitar certos limites (tempo de cirurgia, extensão da cirurgia, etc.), de acordo com as condições clínicas de cada paciente.

Se o ganho de peso causar um aumento significativo no abdome, poderá haver uma perda do resultado. Deve-se tomar cuidado no pós-operatório, pois durante o período de recuperação é recomendado que ocorra um repouso relativo para que o corpo se recupere. Junto com este repouso, pode haver uma ansiedade com relação ao resultado final, o que pode aumentar o apetite, e em alguns casos, causar um ganho de peso que não desejamos.

Geralmente há uma melhora do resultado se o paciente perder alguns quilos depois da cirurgia. Mas como se trata de uma cirurgia modeladora, se houver uma perda significativa de peso, pode ocorrer uma sobra de pele e perda parcial do resultado.

Normalmente uma gestação após a recuperação pós-operatória, pode levar a um ganho de peso e consequente perda do resultado da cirurgia. Alguns pacientes apresentam um ganho de peso muito pequeno durante a gravidez, o que pode contribuir para a manutenção do resultado.

Com relação ao desenvolvimento do bebê, normalmente a cirurgia não influi diretamente sobre o seu desenvolvimento.

Algumas medidas podem melhorar a cicatrização no período pós-operatório:

– uma dieta rica em proteínas;

– respeitar o repouso pós-operatório;

– uso de curativos recomendados (micropore, gaze, etc);

– uso de protetor solar;

– drenagem linfática, realizada por profissional qualificado. Pode ocorrer um leve incômodo durante a drenagem, pelo fato da barriga ainda estar dolorida, com acúmulo de líquidos ou hematomas, mas normalmente a drenagem não é pra doer. Ela é suave, não é massagem modeladora forte.

A trombose consiste na formação de um coágulo de sangue dentro da veia, geralmente nos membros inferiores. Várias são as causas, dentre elas imobilidade nos pós-operatório, acúmulo de líquidos nas pernas e cirurgias na região abdominal.

Sua ocorrência em cirurgias de abdome é rara, mas não deve ser negligenciada. As medidas que utilizamos para prevenir tal intercorrência são o uso de uma máquina que comprime as pernas durante a cirurgia, o uso de meias elásticas no pós-operatório e o estímulo para que o paciente ande o mais depressa possível após a cirurgia e faça movimentos com os pés como se tivesse pisando no acelerador.

Se você está ciente do que deseja e o cirurgião puder lhe propiciar aquilo que você pediu, sem dúvida compensa. Entretanto, é importante levar em consideração o fato de que a cirurgia plástica de abdome não visa transformar você em outra pessoa. Não é possível transformar o seu abdome no abdome de outra pessoa. Você continuará com o seu abdome, porem com características diferentes. O cirurgião plástico apenas melhorará esse território prejudicado pelos defeitos estéticos aí pré-existentes.

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