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Cirurgia
Reparadora
O aspecto final de uma cicatriz ocasionada por acidentes ou por cirurgia dificilmente pode ser previsto. Basicamente, irá depender de 3 fatores:
– Cuidados médicos: onde entram a qualidade dos materiais utilizados, o uso de técnicas cirúrgicas adequadas, o treinamento adequado do cirurgião
– Cuidados do paciente: incluindo o repouso adequado, o uso correto dos produtos prescritos pelo médico, a suspensão do tabagismo e do uso de álcool, a interrupção do uso de certos medicamentos;
– Características intrínsecas do paciente: incluem a qualidade da pele, distúrbios de cicatrização já existentes, doenças crônicas, idade, cor da pele, etc.
São muitas as variáveis que podem alterar o processo de cicatrização, dentre elas: posicionamento e localização da cicatriz, tamanho e profundidade do corte, grossura e a coloração da pele e a direção da cicatriz. Existe também um conceito pessoal de cada um com relação ao aspecto da cicatriz. Muitas pessoas se aborrecem com pequenos cortes. Outros não se incomodam tanto mesmo com grandes cicatrizes.
Ainda que não haja a possibilidade de remover completamente as cicatrizes, a cirurgia plástica pode melhorar a sua aparência, fazendo com que se tornem mais discretas, através da aplicação de alguns medicamentos, utilização de terapias ou emprego de técnicas cirúrgicas de correção.
Em várias situações cicatrizes que parecem grandes e feias no início, podem tornar-se mais discretas com o passar do tempo. Algumas podem ser tratadas com corticóides para aliviar sintomas tais como dor e coceira. Por estas razões, muitos cirurgiões plásticos recomendam esperar entre 6 meses a 2 anos após o ferimento ou cirurgia antes de corrigir a cicatriz.
Há uma grande confusão na classificação das cicatrizes, até mesmo dentro do meio médico. Existem vários tipos de cicatrizes consideradas patológicas, sendo as mais comuns as cicatrizes hipertróficas e os quelóides. Médicos não especialistas muitas vezes comunicam aos seus pacientes que estes apresentam queloides, mas na maioria dos casos estas cicatrizes feias são na verdade cicatrizes hipertróficas. Nem toda cicatriz grande e feia é um queloide, e o tratamento adequado resulta em um melhor resultado final.
Idade recomendada: todas as idades, dependendo do tipo de alteração.
Anestesia: varia de acordo com a idade e tipo de alteração.
Duração da cirurgia: entre poucos minutos a várias horas.
Permanência na clínica ou hospital: desde liberação imediata logo após a cirurgia, até alguns dias de internação, dependendo do caso.
Pré-operatório: Exames de laboratórios se necessário + Exames radiológicos (Raio X) se necessário + Avaliação cardiológica se necessário + Eletrocardiograma se necessário + Arquivo fotográfico.
Pós-operatório: varia de acordo com o caso. Poderão ser necessários o uso de diferentes produtos tópicos, fisioterapia, betaterapia, injeção de medicamentos dentro da cicatriz, aplicação de fitas e curativos especiais.
Tempo de recuperação: desde poucos dias até vários meses, dependendo do caso.
Considerações Técnicas:
O objetivo destas observações sobre correção de cicatrizes é apresentar de maneira clara e simplificada detalhes que seguramente estão lhe interessando no momento.
Tipos de Cicatrizes Inestéticas:
01. Queloides:
Devido ao seu aspecto mais exuberante, são os tipos de cicatrizes inestéticas mais conhecidos, porém não são os mais frequentes.
Trata-se de um tipo muito específico de cicatrização, em que as cicatrizes são elevadas, tensas, podem causar dor ou coceira e crescem além dos limites do corte, causando a impressão que são cicatrizes que não param de crescer. Na maioria das vezes são de tonalidade avermelhada ou mais escura que a pele normal vizinha. Eles ocorrem quando o organismo, por um defeito de cicatrização, continua a produzir a proteína que dá resistência a cicatriz, o colágeno, depois que uma ferida fecha.
Os queloides podem surgir em qualquer local do corpo, sendo mais frequentes no tórax, lóbulos das orelhas e ombros. Também tem maior incidência entre pessoas de raça negra ou orientais. Apresentam uma maior tendência de ocorrer durante a adolescência e idade adulta, diminuindo com a idade.
O tratamento mais difundido para o seu tratamento consiste na injeção de um medicamento a base de corticoide dentro do tecido da cicatriz para diminuir o aspecto elevado e avermelhado, assim como a coceira.
Na eventualidade deste tratamento não surtir efeito, a cicatriz pode ser retirada e a ferida ser fechada novamente. Mesmo nas mãos de cirurgiões habilidosos, os queloides apresentam uma enorme tendência de retornar, por vezes maiores do que antes do tratamento.
Existem outras modalidades de tratamento em que se associam a retirada da cicatriz com as injeções de corticoide durante ou logo após a cirurgia e/ou com aplicação de radiação de baixa intensidade encima da ferida (tratamento este chamado Betaterapia). Quem realiza a Betaterapia não é o cirurgião plástico, mas sim o médico especializado em medicina nuclear. Também é possível a compressão da ferida com uma placa de silicone ou com malha compressiva por um certo tempo. Utiliza-se também gel de silicone para otimizar o tratamento. Mesmo assim, o quelóide pode retornar, requerendo procedimentos repetidos para o seu tratamento.
02. Cicatrizes Hipertróficas
Este tipo de cicatriz é confundido frequentemente com os queloides, pelo fato de ambas serem elevadas e avermelhadas. No entanto, as cicatrizes hipertróficas se mantêm dentro dos limites do corte inicial. Apresentam melhora na maioria das vezes sem nenhum tipo de tratamento, em um ano ou mais. Eventualmente, pode ser necessário tratamento através de compressão e aplicações de injeções de corticoide para diminuir este tempo.
Assim como no caso dos queloides, estas cicatrizes podem ter o seu aspecto melhorado através de cirurgia. O cirurgião plástico irá retirar o tecido da cicatriz, e irá reposicionar o corte de modo que se torne mais discreto. Injeções de corticoide durante ou logo após a cirurgia e em intervalos de até dois anos mais tarde podem ser necessários para impedir que a cicatriz se torne elevada novamente.
03. Contraturas
As contraturas podem ocorrer quando ocorre um encurtamento das cicatrizes, levando a uma perda de mobilidade na área atingida, repuxando as bordas da pele. Pode ocorrer também alterações no crescimento e movimentação de tendões, músculos e ossos.
São muito frequentes após queimaduras ou outros tipos de ferimentos que apresentem uma grande perda de pele.
Existem várias modalidades para o tratamento desta condição, sendo as principais:
01. Enxertos de pele: após retirar a região de pele com contratura, substitui-se por pele retirada de outro local.
02. Retalhos de pele: a substituição ocorre não por pele de outro local, mas de uma região vizinha.
03. Zetaplastia (ou plástica em Z): é um tipo de retalho de pele em que a pele da região vizinha é jogada por sobre a região afetada, compondo um aspecto em Z, o que diminui a chance de retorno da contratura.
04. Expansão de tecido: consiste em colocar um expansor (é um dispositivo parecido com uma bexiga) embaixo da pele próxima ao local da contratura, de modo a esticar esta pele, para que ela possa substituir a área doente.
04. Cicatrizes Alargadas:
As cicatrizes alargadas ocorrem principalmente por uma deficiência do próprio corpo da pessoa em promover o processo de cicatrização. Ocorre mais em pessoas com pele envelhecida e com pouca elasticidade.
Assemelham-se a estrias, apresentando pele bem fina e frouxa.
Normalmente ocorrem em áreas do corpo em que a cicatriz apresenta maior tensão, principalmente no abdome e mamas.
05. Cicatrizes Discrômicas
São as cicatrizes de coloração muito diferente da pele ao seu redor.
Podem ser escuras (hipercrômicas) ou claras (hipocrômicas).
Confunde-se muito este tipo de cicatriz com as cicatrizes normais que, durante o seu período de amadurecimento, podem passar por diversas fases de amadurecimento
06. Cicatrizes Faciais
Devido a sua posição, uma cicatriz na face é considerada um problema estético, seja ou não hipertrófica. Há diversas maneiras de fazer uma cicatriz facial se tornar menos visível. De uma maneira geral elas são recortadas e fechadas com pontos minúsculos, tornando-as menos visíveis.
Se a cicatriz atravessar um sulco natural da pele (linhas de expressão) o cirurgião pode reposicioná-las tornando-as paralelas a estas linhas, onde serão menos visíveis.
Com o intuito de esclarecer algumas dúvidas, queremos passar orientações que julgamos importantes sobre o período pré-operatório das correções de cicatrizes.
Com o intuito de esclarecer algumas dúvidas, queremos passar orientações que julgamos importantes sobre o período pós-operatório das correções de cicatrizes.
1. Curativos compressivos;
2. Placas de silicone;
3. Utilização de pomadas e massagens;
4. Tratamento cirúrgico;
5. Injeção de corticoide;
6. Betaterapia (uso de radiação no local da cicatriz);
7. Outros.
A procura normalmente se dá por dois aspectos: tornar a cicatriz esteticamente mais agradável e melhorar a função da área comprometida.
Podemos torná-las menos perceptíveis, porém nunca desaparecerão de fato.
Normalmente, indivíduos de pele clara apresentam uma menor tendência que pessoas de pele morena ou descendentes de orientais a desenvolver qualquer tipo de cicatrização inestética, independentemente do tipo de técnica utilizada.
Normalmente não realizamos correções cicatriciais antes de 6 meses a 1 ano de existência da cicatriz, devido ao intenso processo de evolução pelo qual ela pode passar, exceto se houver alguma função que possa ser comprometida, tais como comprometimento do fechamento dos olhos ou atrofia de um membro que tenha sua mobilidade reduzida pela cicatriz.
Em ambas as situações as lesões podem voltar, sendo que isto é bem mais frequente no caso dos queloides.
Normalmente não, mas ocasionalmente poderá ocorrer dor, que na maioria das vezes está associada ao movimento da região operada, e que costuma regredir com analgésicos comuns.
Normalmente utiliza-se anestesia local, mas em casos de cicatrizes mais extensas ou em pacientes muito ansiosos, podemos utilizar sedação. Em alguns casos especiais, como em casos de cicatrizes mais profundas, poderão ser utilizados outros tipos de anestesia, tais como geral, peridural ou raquidiana.
Poderá durar de alguns minutos a várias horas, de acordo com o tamanho da cicatriz a ser corrigida.
O paciente poderá ser liberado imediatamente após a cirurgia, eventualmente terá que aguardar algumas horas ou só poderá ser liberado no dia seguinte, dependendo do tipo de anestesia a ser utilizado e da extensão da cirurgia.
Sim. Os curativos poderão ser simples ou compressivos, de acordo com o tipo de cirurgia. Os drenos são utilizados somente em alguns casos, em que ocorra grande descolamento de pele.
Algumas vezes sim, dependendo do tipo de fio utilizado. Quando necessário, são retirados entre o 5º ao 21º dia de pós-operatório, devendo ser rigorosamente realizados pela minha equipe.
Depende do tipo de exercícios e da evolução individual, não existe um período padrão. Exercícios pesados envolvendo a área operada devem aguardar no mínimo 90 dias mês, dependendo do caso.
Somente entre 12 a 24 meses após a cirurgias é que a cicatriz atingirá sua forma definitiva.
A correção da cicatriz é normalmente segura, porém há sempre a possibilidade de complicações. Estas podem incluir a infecção, o sangramento, uma reação a anestesia, ou o retorno de uma cicatriz inestética.
Dependendo do caso, até no dia seguinte à cirurgia. Tudo irá depender da evolução da sua cirurgia, assim como o tipo de curativos, observando-se apenas os cuidados especiais que serão ensinados pelo seu médico.
Você não deve se esquecer do período de 12 a 24 meses necessários para que se atinja o resultado almejado. Até lá, toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser transmitida ao seu médico, que lhe dará os esclarecimentos necessários para sua tranquilidade.
Por um período de 180 dias, após o qual a exposição ao sol deverá ser gradativa, utilizando-se protetor solar.
Na maioria dos casos pode ocorrer uma pequena alteração de sensibilidade nos primeiros dois meses ou pouco mais, que desaparece gradualmente. Em alguns casos esta alteração pode ser permanente.
Trata-se de um dispositivo parecido com uma bexiga, que ao ser colocado embaixo da pele e enchido com soro, promove o aumento da área de pele disponível. É utilizado em casos em que existe a necessidade de expandir a pele para poder tratar a área cicatricial.
Trata-se de uma faixa fina de silicone, que ao ser colocada encima da cicatriz, faz com que esta fique apertada, muitas vezes diminuindo a chance de aumentar a sua grossura.
Se você está ciente do que deseja e entender as limitações de resultado, sem dúvida compensa. Entretanto, é importante levar em consideração o fato de que alguns tipos de cicatrizes não tem uma evolução tão boa, podendo apresentar tratamento difícil e demorado, algumas vezes necessitando de várias cirurgias.
Reparadora
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